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TERRALÍNGUA

01.07.2023 – 08.10.2023
Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS

Salas Negras

Diretor-curador | Director-curator

Francisco Dalcol 

Curadoria | Curator

Diego Hasse

Produção e coordenação de montagem 

Production and installation coordination

Mateus Winkelmann 

Comunicação visual | Visual communication

Guilherme Ferreira e Natália de Moraes

Programação e desenho de som 

Sound programming and design

Nikolas Ferrandis e Angelo Wolf 

Equipe de manutenção | Maintenance staff

Mateus Winkelmann, José Eckert e Rafael Jeffman

Núcleo Educativo e de Programa Público |

Educational and Public Program Center

Cristina Barros, Tatiana Funghetti e Pedro Osorio (supervisores) 

Eslly Ramão, Gabriela Mattia e Loriana Iung (estagiários) 

Núcleo de Comunicação e Design |

Communication and Design Center

Natália de Moraes e Laura Caetano

Núcleo de Curadoria | Curatorship Center

José Eckert e Sandra Vinhales 

Equipe de Serviços Gerais | General Services Team

Cláudia Rosangela Gomes Escobar, Gisele Soares de Lima,  Maria Neli Andrade Hilario e Nelci Anschau 

Equipe de Segurança | Security Team

José Antonio da Silva Alves (supervisor), Alexandre da Silva Fão, Denise Lopes Porto, Gilda Teresina Oliveira Teixeira, Lucelena da Cunha Santos, Marcio de Oliveira da Rosa, Saimon Silva da Costa, Renata Pereira Mendes, Vander de Menezes, José Vilnei Moraes Luiz (supervisor), Dene de Avila Ribeiro, Domingos Rogério Baes Demutti, Jean Carlos Dias Paiz, Josiane Pinheiro Gonçalves, Wanessa Eccel Santos, Witor Douglas da Rosa Pereira e Wagner Pereira da Silva 

A exposição “Camila Proto — TERRALÍNGUA” dá prosseguimento ao programa “Poéticas do agora”, que tem por objetivo destacar produções que investem na pesquisa e experimentação de linguagem, bem como na transdisciplinaridade dos meios, operações e procedimentos. As exposições anteriores pelo programa foram “Bruno Borne — Ponto vernal” (2019- 2020), “Bruno Gularte Barreto — 5 Casas” (2021), “Estêvão da Fontoura: DESOBECIÊNCIA – Arte e ciência no tempo presente” (2021), “Denilson Baniwa — INÍPO: Caminho de transformação” (2021-2022) e “Guilherme Dable — Não um tempo, mas um lugar” (2022).

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The “Camila Proto — TERRALÍNGUA” exhibition continues the “Poetics of Now” program, which aims to highlight productions that invest in language research and experimentation, as well as in the transdisciplinarity of means, operations and procedures. Previous exhibitions by the program were “Bruno Borne — Ponto vernal” (2019- 2020), “Bruno Gularte Barreto — 5 Casas” (2021), “Estêvão da Fontoura: DISOBECIÊNCIA – Art and science in the present time” (2021), “ Denilson Baniwa — INÍPO: Path of transformation” (2021-2022) and “Guilherme Dable — Not a time, but a place” (2022).

Obras exibidas | Exhibited works

Ilha Sonora

2019-2023

Instalação sonora interativa | Interactive sound installation

fig. 1; 4; 5; 8; 10; 11; 12; 17; 18; 21; 23; 24; 26

Panorama Terralíngua

2023

Datilografia | Datilography

fig. 1; 4; 6; 20; 24

Microerosões

2020

Filme-ensaio | Essay-fim

fig. 3; 13; 19

Cordilheiras para Melodias Passadas ou Música Topográfica

2023

Matriz em acrílico e gravura em alto-relevo | Acrylic matrix and high-relief engraving

fig. 1; 16; 27

Cavidades
2023
Peça sonora, 15’27”
| Sound piece

fig. 7; 14

Segredos Carbonáticos

2023

Instalação multimídia | Multimedia installation

fig. 9; 22

atrás da linha do horizonte

2023

Objeto-poesia | Poectic-object

fig. 1; 15; 25

Texto curatorial | Curatorial text

 

Folder | Folder

Clipping

https://www.margs.rs.gov.br/midia/camila-proto-terralingua/

https://www.turbinado.art.br/site/artigos/noticia/nova-exposio-da-artista-camila-proto-prope-uma-escuta-das-vozes-da-terra-no-margs

https://www.picsphotopress.com/2023/06/20/nova-exposicao-da-artista-camila-proto-propoe-uma-escuta-das-vozes-da-terra/

https://jornaldacapital.com.br/jornal-da-capital/nova-exposicao-da-artista-camila-proto-propoe-uma-escuta-das-vozes-da-terra

https://onnerevista.com.br/news_post/3556/nova-exposicao-da-artista-camila-proto-propoe-uma-escuta-das-vozes-da-terra

 https://poatem.com.br/01-07-nova-exposicao-da-artista-camila-proto-propoe-uma-escuta-das-vozes-da-terra

https://www.revistamuseu.com.br/site/br/noticias/nacionais/17226-27-06-2023-nova-exposicao-de-camila-proto-propoe-uma-escuta-das-vozes-da-terra.html

https://www.matinaljornalismo.com.br/rogerlerina/agenda/camila-proto-inaugura-terralingua-no-margs

 https://www.brasildefators.com.br/2023/06/29/agenda-cultural-bdf-rs-29-de-junho-a-6-de-julho

https://www.matinaljornalismo.com.br/rogerlerina/notas/guia-de-exposicoes-porto-alegre

https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/agenda-cultural/noticia/2023/07/mostra-de-cinema-sobre-ocultismo-e-bruxaria-na-ufrgs-e-outros-destaques-desta-segunda-feira-cljltbn61001p015l6d02fbgr.html

https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda/nova-exposi%C3%A7%C3%A3o-de-camila-proto-prop%C3%B5e-uma-escuta-das-vozes-da-terra-1.1056802

https://www.jornaldocomercio.com/cultura/2023/07/1113141-para-ouvir-o-que-a-terra-diz.html

https://www.paulogasparotto.com.br/noticias/interna/tic-tac-354

Rádios 27 de junho Rádio Universidade/ UFRGS Programa: Universidade Revista 

29 de julho FM Cultura Programa: Café Cultura 

Jornais: 03 de julho Jornal do Comércio e Zero Hora

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VISITA VIRTUAL |
virtual visit
VISITA VIRTUAL |
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CAVIDADES 2023 peça sonora, 15’27” A peça sonora Cavidades (2023) explora o universo cavernoso do corpo humano em sua extensão e alargamento através de uma experiência sonora imersiva. A poltrona sonora, criada junto ao escultor colaborador Mateus Winkelman, existe enquanto receptáculo da peça, e convida o público a relaxar e repousar a cabeça entre os falantes, por onde ouve-se uma voz que guia o público em uma viagem pelas cinco principais cavidades do corpo: torácica, abdominal, pélvica, dorsal e cerebral. Após algumas respirações iniciais, um microfone ficcional desce pela sua garganta e está, ao vivo, captando tais espaços. O que ouvimos é a amplificação destes sons pelo corpo do visitante. Cada cavidade terá, assim, suas respectivas ressonâncias, timbres e frequências distintas, que criam sensações, imagens e reconhecimentos dúbios. O ouvinte, desta maneira, é convocado pela obra a atuar semanticamente, em uma construção coletiva, e também individual, de cada percurso desta escuta tão íntima. A peça foi produzida e gravada por Angelo Wolf e Kayan Guter, no Estúdio Carolina (RJ), em abril de 2023, e contou com a participação especial de Caro e Copito. Todos os sons foram captados com os incríveis microfones de lapela do Angelo Wolf. | The sound piece Cavidades (2023) explores the cavernous universe of the human body in its extension and enlargement through an immersive sound experience. The sound armchair, created with the collaborating sculptor Mateus Winkelman, exists as a receptacle for the piece, and invites the public to relax and rest their heads among the speakers, where a voice can be heard that guides the public on a journey through the five main cavities of the body: thoracic, abdominal, pelvic, dorsal and cerebral. After a few initial breaths, a fictional microphone goes down your throat and is, live, capturing these spaces. What we hear is the amplification of these sounds by the visitor's body. Each cavity will therefore have its respective resonances, timbres and distinct frequencies, which create dubious sensations, images and recognitions. The listener, in this way, is called upon by the work to act semantically, in a collective, and also individual, construction of each path of this intimate listening. The piece was produced and recorded by Angelo Wolf and Kayan Guter, at Estúdio Carolina (RJ), in April 2023, and featured the special participation of Caro and Copito. All sounds were captured with Angelo Wolf's incredible lavalier microphones.

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ILHA SONORA 2019–2023 Instalação sonora interativa Ilha Sonora é uma ficção sobre ilhas que surgem a partir do som. A instalação parte da prerrogativa de que o som emitido pelas cidades costeiras produz alterações geológicas em sua bacia, como no caso, resultou no surgimento de uma ilha no Lago Guaíba. O trabalho apresenta, através de uma investigação do público por um arquivo científico, relatos de expedições e ilhas amostrais interativas, a perspectiva do som como agenciador de territórios para além daqueles visíveis. Ao percorrer o espaço instalativo, relatos e documentos de uma expedição científica auxiliam o público a aventurar-se na construção narrativa sobre a procura dessas curiosas formações sonoro-geográficas. Diante das ilhas amostrais interativas, flutuantes e vibrantes, o visitante modula frequências sonoras e configura distintos padrões nas areias, experimentando o fazer-ilha ao vivo. A sensação pode ser de desconfiança: as ilhas existem de verdade? O som é mesmo capaz de inventar paisagens? Entra-se, assim, em uma zona imprecisa que acaba suspendendo as certezas, ao criar um jogo entre criador e criatura que desafia os limites entre verdade e ficção. A instalação foi exibida na mostra coletiva do NIME 2019 (International Conference of New Interfaces for Musical Expression), no 3º Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa, e na exposição coletiva "ComCiência", no Museu de Minas e Metais.  Na exposição TERRALÍNGUA, as estruturas interativas ganham novo formato e tamanho: placas de vidro de 60x60 suspensas por cabos de aço. Novos documentos também são adicionados ao arquivo, das expedições realizadas à procura de novas ilhas sonoras até o atual momento. A programação sonora foi criada pelo programador-colaborador Nikolas Ferrandis e a execução das estruturas pelo escultor-colaborador Mateus Winkelmann. | SONORA ISLAND 2019–2023 Interactive sound installation Ilha Sonora is a fiction about islands that emerge from sound. The installation is based on the prerogative that the sound emitted by coastal cities produces geological changes in their basin, as in this case, resulting in the emergence of an island in Lake Guaíba. The work presents, through an investigation of the public through a scientific archive, reports of expeditions and interactive sampling islands, the perspective of sound as an agent of territories beyond those visible. When traveling through the installation space, reports and documents from a scientific expedition help the public to venture into the narrative construction about the search for these curious sound-geographical formations. In front of the interactive, floating and vibrant sample islands, the visitor modulates sound frequencies and configures different patterns in the sand, experiencing live island-making. The feeling may be one of distrust: do the islands really exist? Is sound really capable of inventing landscapes? We thus enter an imprecise zone that ends up suspending certainties, creating a game between creator and creature that challenges the limits between truth and fiction. The installation was exhibited at the NIME 2019 (International Conference of New Interfaces for Musical Expression) collective exhibition, at the 3rd French Alliance Contemporary Art Prize, and at the collective exhibition "ComCiência", at the Museu de Minas e Metais. At the TERRALÍNGUA exhibition, the interactive structures gain a new shape and size: 60x60 glass plates suspended by steel cables. New documents are also added to the archive, from expeditions carried out in search of new sound islands to the present. The sound programming was created by programmer-collaborator Nikolas Ferrandis and the execution of the structures by sculptor-collaborator Mateus Winkelmann.

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MICROEROSÕES 2020 Filme-ensaio, 27'26" O filme-ensaio Microerosões apresenta reflexões sobre a variação de escalas humanas e não humanas, através de uma viagem pelos rastros das maiores marés do mundo, na Baia de Fundy (Canadá). O filme se dá através de saltos entre três elementos distintos: uma visita virtual pelo Google Earth, desse sujeito-visitante que deriva sob o assoalho da baía; uma narração em primeira pessoa, que aponta percursos e pensamentos, convidando o espectador à imergir na viagem junto; e cinco pequenas animações, que materializam o objeto ficcional de pesquisa do filme: as microerosões não-humanas e fantásticas encontradas naquelas rochas. O filme foi projetado no Prêmio da Aliança Francesa (2020), no Festival de C4nn3s e na exposição Microerosões (2021), na Galeria Refresco (Rio de Janeiro).  Sinopse: É no encontro das maiores marés do mundo, na Baía de Fundy, que se revelam milhares de microuniversos erosivos, do corpo ao solo e também à memória. Nesta viagem ao desconhecido, são as palavras e os sons que nos guiam em uma provocação do que é "ver" e do que é "ser", no entre do que chamamos real ou consideramos fantástico: um convite ao imaginário de um mundo que acontece no encontro de dois e que está, a todo momento, erodindo. Ficha Técnica: Roteiro e direção: Camila Proto Trilha Sonora Original: Rudah Guedes Produção musical e mixagem de som: Trama Fantasma: Rudah Guedes e Pedro Sodré Animações (por ordem de aparição): Kaue Nery, Vitória Tadiello, Camila Proto, Clara Trevisan e João Salazar Este filme foi contemplado com o Edital FAC Digital RS, da Universidade Feevale e teve apoio da Prefeitura de Porto Alegre. | MICROEROSIONS 2020 Essay film, 27'26" The essay film Microerosions presents reflections on the variation of human and non-human scales, through a journey along the tracks of the largest tides in the world, in the Bay of Fundy (Canada). The film takes place through jumps between three distinct elements: a virtual visit through Google Earth, of this subject-visitor who drifts under the floor of the bay; a first-person narration, which points out paths and thoughts, inviting the viewer to immerse themselves in the journey together; and five small animations, which materialize the film's fictional research object: the non-human and fantastic micro-erosions found in those rocks. The film was screened at the French Alliance Prize (2020), at the C4nn3s Festival and at the Microerosões exhibition (2021), at Galeria Refresco (Rio de Janeiro). Synopsis: It is at the meeting of the largest tides in the world, in the Bay of Fundy, that thousands of erosive microuniverses are revealed, from the body to the soil and also to memory. On this journey into the unknown, it is words and sounds that guide us in a provocation of what it is to "see" and what it is to "be", in the midst of what we call real or consider fantastic: an invitation to the imagination of a world that happens in the meeting of two and which is, at all times, eroding. Datasheet: Script and direction: Camila Proto Original Soundtrack: Rudah Guedes Musical production and sound mixing: Trama Fantasma: Rudah Guedes and Pedro Sodré Animations (in order of appearance): Kaue Nery, Vitória Tadiello, Camila Proto, Clara Trevisan and João Salazar This film was awarded the FAC Digital RS Notice, from Feevale University and was supported by Porto Alegre City Hall.

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CORDILHEIRAS PARA MELODIAS PASSADAS OU MÚSICA TOPOGRÁFICA 2023 Matriz em acrílico e gravuras em alto-relevo Nesta série de gravuras em alto-relevo, desdobra-se a ideia da variação de alturas topográficas e musicais, a partir de ma-partituras onde os cortes transversais do relevo são sobrepostos à pauta, gerando possíveis melodias. Assim, propõe-se uma escuta do relevo e suas implicações topográfico-musicais. Gravadas em alto relevo no papel algodão, as alturas saltam aos olhos, ao mesmo tempo que vazadas no seu negativo. Esta série é irmã de "Notações para Paisagens Futuras ou Relevos Gritantes", exibida em outras exposições. Para TERRALÍNGUA, as gravuras foram impressas no Ateliê Na Tulipa, por Fernanda Braum Neves. | MOUNTAINS FOR PAST MELODY OR TOPOGRAPHIC MUSIC 2023 Acrylic matrix and high-relief engravings In this series of high-relief engravings, the idea of varying topographical and musical heights unfolds, based on ma-scores where the cross-sections of the relief are superimposed on the staff, generating possible melodies. Therefore, it is proposed to listen to the relief and its topographic-musical implications. Engraved in high relief on cotton paper, the heights catch the eye, at the same time as they are cast in their negative. This series is a sister series to "Notations for Future Landscapes or Screaming Reliefs", shown in other exhibitions. For TERRALÍNGUA, the engravings were printed at Ateliê Na Tulipa, by Fernanda Braum Neves.

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PANORAMA TERRALÍNGUA 2023 Datilografia O que acontece quando colocamos letras em diferentes alturas no papel? Revelando relevos, Panorama Terralíngua (2023) agrupa, expande, desloca e rearranja palavras a partir da variação de posições das letras no papel. Enquanto um exercício quasi-concreto de escritura, a prática da datilografia móvel permite a criação de linhas bambas e móveis que provocam uma outra dinâmica de leitura, fluida e espaçada. São dezesseis pedaços de papel seda de 20x20cm, colocados lado a lado na criação de um panorama. Quando a terra e a língua se encontram, qual o efeito do choque? Que placas simbólicas são essas, e o que dali de novo se produz? | TERRALINGUA PANORAMA 2023 Typing What happens when we place letters at different heights on paper? Revealing reliefs, Panorama Terralíngua (2023) groups, expands, moves and rearranges words based on the variation in the positions of the letters on the paper. As a quasi-concrete writing exercise, the practice of mobile typing allows the creation of wobbly and moving lines that provoke another dynamic of reading, fluid and spaced. There are sixteen pieces of tissue paper measuring 20x20cm, placed side by side to create a panorama. When the earth and the tongue meet, what is the effect of the shock? What symbolic plaques are these, and what new is produced from there?

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SEGREGOS CARBONÁTICOS 2023 Instalação multimídia com conchas e documentos Se pudéssemos criar um aparelho, similar ao fonógrafo, que “lesse” as ranhuras e padrões inscritos nas conchas, que mensagens escutaríamos? No texto de 1919, “O Som Primordial”, Rilke nos convida a experimentar posicionar o fonógrafo sob qualquer ranhura e ouvir, por exemplo, a sutura coronal. Seguindo tal proposição, interessa a este trabalho os segredos do tempo e da vida revelados pelas texturas desta coleção de conchas, por onde inúmeros seres e lugares passaram e também fizeram morada. Segredos Carbonáticos é uma instalação multimídia e torna esta experimentação realidade através da exibição de (1) uma coleção de conchas variadas, que revelam os padrões e variações de composição; (2) um diagrama prototipal para um fonógrafo de conchas; e (3) relatos de escutas das amostras. O público, assim, é convidado a aproximar-se da mesa de amostragens e “escutar”, a partir dos relatos escritos, que sinais estariam contidos em cada grupo de conchas. A utilização de metodologias e formatos científicos dá à instalação respaldo e veracidade, produzindo dubiedade em relação à existência ou não de tal prática. A coleção de conchas é resultado de anos de coleta, de Camila e Alvaro Proto. | CARBONATIC SECRETS 2023 Multimedia installation with shells and documents If we could create a device, similar to a phonograph, that “read” the grooves and patterns inscribed on the shells, what messages would we hear? In the 1919 text, “The Primordial Sound”, Rilke invites us to try placing the phonograph under any groove and listening, for example, to the coronal suture. Following this proposition, this work is interested in the secrets of time and life revealed by the textures of this collection of shells, where countless beings and places have passed and also made their home. Carbonatic Secrets is a multimedia installation and makes this experimentation a reality through the display of (1) a collection of varied shells, which reveal the patterns and variations of composition; (2) a prototype diagram for a shell phonograph; and (3) reports of listening to the samples. The public is therefore invited to approach the sampling table and “listen”, based on written reports, to see what signs would be contained in each group of shells. The use of scientific methodologies and formats gives the installation support and veracity, producing doubt regarding the existence or not of such a practice. The shell collection is the result of years of collecting by Camila and Alvaro Proto.

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ATRÁS DA LINHA DO HORIZONTE 2023 Escultura em madeira e acetato Objeto-poema de leitura implicada. Frases que lançam ideias sobre o que haveria atrás da linha do horizonte, enquanto um espaço imaginário muito real. murmuram os meus pensamentos mais perigosos, aqueles sobre os quais não se pode falar muito nem pensar são imagens fideldignas que às vezes me levam a loucura, ficam ali, atrás do olho, pairando feito amante, mortas na mesa de centro e aquela pulga atrás da orelha, será que aguei de mais? não sei se rego ou mato esses pensamentos tão delinquentes que chegam de mansinho apertando o ombro como companheiro antigo três pontos ... quatro pontos .... cinco pontos ..... seis pontos ...... sete pontos ....... ........ oito pontos ......... nove pontos .......... dez pontos tanto pontos precisos para traçar uma linha........ (continua em Textos: "atrás da linha do horizonte") | BEHIND THE HORIZON LINE 2023 Wood and acetate sculpture Object-poem of implied reading. Phrases that launch ideas about what would be behind the horizon line, as a very real imaginary space. murmur my most dangerous thoughts, those that cannot be talking a lot or thinking are faithful images that sometimes take me madness, they stay there, behind the eye, hovering like a lover, dead on the table center and that flea behind the ear, did I act too much? I don't know whether to water or kill these thoughts so delinquent that they arrive softly, squeezing your shoulder like an old companion three points... four points.... five points..... six points...... seven points....... ........ eight points ......... nine points .......... ten points so many points needed to draw a line........ (continued in Texts: "behind the horizon line")

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